7 de maio de 2014

Passos, o navegante




Lá vai Passos no seu barquinho ao leme
Sem mar revolto é herói que nada teme 
Passos, desventuroso marinheiro
Que nunca por nunca é verdadeiro
Sabe bem da árdua arte de navegar
E de o dito não fazer nem nunca lá voltar
Se acaso houvera mais um bojador
Não hesitaria em lançar mais imposto indolor

E assim navega com atrelada comitiva
Que o dia não acaba sem mais uma tentativa
Das gentes convencer que a saída foi limpa
Quando ainda a troika escreve com tinta
O que terá o reino que cumprir
Agora e em todo o futuro que há de vir

À dúvida se é malévola montagem
Vai seguindo sempre o barquinho a viagem
Em águas calmas e grutas de fantasia
Que o navegante não pode ver realidade em demasia

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